A geração distribuída no Brasil tem ganhado cada vez mais destaque como uma forma de produzir energia de maneira mais eficiente, sustentável e econômica. Trata-se de um sistema no qual a geração de energia elétrica é descentralizada, ocorrendo em pequena escala e próxima ao local de consumo.
Essa forma de geração de energia tem sido impulsionada por diversos fatores. Primeiramente, o Brasil possui um enorme potencial para aproveitar fontes renováveis, como solar, eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, o que viabiliza a geração distribuída. Além disso, a queda dos custos das tecnologias de geração renovável, como painéis solares e aerogeradores, tornou essas fontes mais acessíveis e atrativas para os consumidores.
A aplicação prática da geração distribuída no Brasil é bastante diversificada. Em residências, por exemplo, é possível instalar painéis solares fotovoltaicos no telhado, gerando eletricidade a partir da luz do sol e reduzindo a dependência da rede elétrica convencional. Essa energia pode ser utilizada diretamente no consumo da casa, e o excedente pode ser injetado na rede, gerando créditos energéticos que podem ser utilizados posteriormente.
Além das residências, a geração distribuída também é utilizada em comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Empresas podem instalar sistemas de energia solar em seus telhados ou áreas disponíveis, diminuindo os gastos com eletricidade e contribuindo para a redução da pegada de carbono.
A geração distribuída também beneficia o sistema elétrico como um todo. Ao gerar energia próxima aos pontos de consumo, há uma redução das perdas na transmissão e distribuição, uma vez que a eletricidade percorre distâncias menores. Isso contribui para uma maior eficiência energética e uma menor sobrecarga da rede elétrica em momentos de alta demanda.
No Brasil, a geração distribuída é regulamentada pela Resolução Normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Essa resolução estabelece as regras para a instalação e conexão de sistemas de geração distribuída à rede elétrica, bem como os mecanismos de compensação de energia.
Em suma, a geração distribuída no Brasil apresenta-se como uma solução promissora para diversificar a matriz energética, reduzir a dependência de fontes não renováveis e promover a sustentabilidade. Com a crescente adoção de tecnologias de geração renovável, como a solar e eólica, espera-se que a geração distribuída continue a se expandir, trazendo benefícios econômicos e ambientais para o país.
